sábado, 20 de março de 2010

O DIA, QUASE “D”

Enfim a pedra fundamental da futura arena foi lançada. Banda de música, colegiais, a turma do cordão, velhos atletas, a crônica especializada, tudo nos conformes. Os pais da Copa Manauara se revezaram em discursos saudosistas, na despedida ao Velho e Querido Vivaldão. Esse dia ficará marcado para sempre na história, como sendo a data magna de sua existência.

Agora sim, o Estádio Vivaldo Lima vai ser demolido. Pedra por pedra, pedaço em pedaço, o velho estádio vai ficar no passado. E no baixar da poeira de seus entulhos refletirá no horizonte a imagem do Novo Templo do Futebol Amazonense. A Arena Multiuso. Uma nova casa, com roupagem futurista foi projetada para abrigar os grandes eventos, não só do futebol, mas, também, sociais e culturais do povo da floresta. Um novo tempo, uma nova era, será?

Futebolisticamente falando, ainda não. Há muita coisa a ser demolida. Muito entulho a ser botado fora. Para o futebol amazonense, não basta, simplesmente, demolir o Vivaldão e construir uma nova arena. É preciso muito mais. Com urgência uma nova federação. Mais participativa dirigida por um presidente de direito e de fato. Alguém comprometido verdadeiramente com a causa.

Alguém que consiga aglutinar os filiados em torno da busca de soluções, para os graves problemas financeiros dos clubes. Com liderança comprovada, capaz de encabeçar um movimento apolítico em prol do futebol. Alguém que faça valer o seu cargo muito além do que uma simples burocracia federativa. Alguém que ponha o cargo a beneficio de todos os clubes e não só do EU FUTEBOL CLUBE.

Na verdade, o futebol amazonense precisa com urgência de uma demolição completa em sua estrutura arcaica e retrógada, implodindo de vez o amadorismo, a mentalidade curta, o faz de conta, a mesmice, o comodismo, a esperteza negativa. Que bom se num dia como o de hoje, estivéssemos lançando também a pedra fundamental da redenção do nosso futebol? Ai, sim, este dia seria UM DIA “D”.

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