Um ingrediente fundamental em
qualquer churrasco que se preza. Pode até faltar a marvada da cachaça, mas o
sal grosso, nem pensar.
Esse mineral já foi por muito
tempo elemento de composição do folclore do futebol brasileiro reeditado neste final
de semana, pelo São Paulo Futebol Clube. Quem diria um dos maiores vencedores
do nosso futebol apelar para a superstição.
O sal foi espalhado pelos degraus
de acesso ao gramado do Morumbi, e pelo jeito funcionou, pois acreditando ou
não, no poder do sal, o tricolor paulista quebrou um longo jejum sem vitórias.
Esse episódio me fez lembrar um
dos maiores “bruxos” do futebol brasileiro, um técnico supersticioso ao
extremo, e que segundo a lenda usava, além do sal, de outros artifícios, fora
de campo, em busca das vitórias.
Refiro-me a JUQUITA JOSÉ LÚCIO,
Um técnico que, para os supersticiosos era um poderosíssimo Pai de Santo,
moreno, alto, corpulento, voz grave e pausada, de pouca prosa, cara de bravo,
embora não o fosse, rigoroso, exigia dos seus subordinados total disciplina.
JUQUITA fez história no futebol
Mineiro, principalmente no Uberaba Sport Club e na Associação Atlética
Caldense.
Qual o torcedor do colorado que
não se lembra deste time: Saraiva, Belmar, Modesto, Veram e Grimaldi, Fabinho e
Zé Francisco. Dilson, Naim, Toinzinho e Elter.
Esse time era treinado pelo JUQUITA e foi o
terceiro colocado no quadrangular final do campeonato Mineiro de 1973. Cruzeiro
em primeiro, América em segundo, Uberaba em terceiro e Atlético o quarto. E
olha que os jogos foram todos no Mineirão, se tem jogo no Uberabão a história
poderia ter sido outa.
É bem verdade que com um time como
esse, o JUQUITA, não precisou usar o tal sal.
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