É normal ouvir nas rodas de botequins, naqueles papos de torcedores, entre uma cerveja e outra o seguinte: E se o Vitória ganhar? Ai a resposta é imediata: O "se" não ganha jogo.
Aproveitando a deixa, o momento, e tudo que vem acontecendo, há anos, com a molecada da vila. Eu pergunto: E se o "se"ganhar o jogo?
Antes de acharmos os verdadeiros culpados vamos relembrar alguns episódios que com certeza, já caíram no esquecimento do torcedor. Alguém se lembra das molecagens de Robinho e Diego nos vestiários da seleção eliminada no pré-olímpico do Chile, pelo Paraguai?
Vejam que a molecagem praiana já tem tempo, assim como tem a passação de mão na cabeça, pela diretoria do peixe. O pré-olímpico a que me referi, foi em 2004, ou seja, há seis anos atrás.
O tempo passou, o Santos colheu uma nova safra de bons jogadores e nada mudou quanto ao tratamento e preparação dos novos valores, nas categorias de base dos clubes brasileiros. Ainda hoje a garotada deixa as fraudas pensando única e exclusivamente nos dólares e nos euros dos clubes europeus.
A maioria oriundos das classes miseráveis deste país, sem nenhum preparo para a vida, ainda são incentivados e manipulados pela ganância dos empresários, sedentos por dinheiro.
Não é normal a seqüência de molecagem que vem acontecendo na Vila Belmiro. Primeiro o Ganso, numa desobediência explícita, ao vivo e a cores, se rebela contra a determinação de seu treinador e se recusa a deixar o campo de jogo na decisão do título paulista contra o Santo André.
E para piorar a situação, o próprio treinador, na coletiva de Imprensa, naquela característica passação de mão na cabeça, tenta justificar o injustificável dizendo que o que houve foi um mal entendido. Naquele momento, Dorival Jr. passou a ser refém de seus comandados.
O Santos sagrou-se campeão paulista, e nós sabemos como. E a rotina praiana continuou célere. Veio o episódio da casa de caridade; a bebedeira dos quatro ases; o celular, o taco e o carro no confronto Robinho x Wesley; o pênalti cobrado por Neimar numa decisão de Copa do Brasil. O passaporte para a Libertadores. E por último a "twitada" na concentração.
A direção do Santos Futebol Clube passa a impressão, de que tudo isso é normal, pois, nenhum corretivo, foi imposto aos moleques da vila. O incrível de tudo é que o comando santista tem o apoio de grande parte da imprensa esportiva e da torcida.
Agora veremos o que vai acontecer, se o castigo vier a cavalo, e o "se" ganhar o jogo. Em condições normais de pressão e temperatura, poucos são os que acreditam nessa possibilidade, mas, o bom do futebol, é que ele é imprevisível e tudo pode acontecer. Inclusive o Vitória ganhar o jogo, e se tornar o Campeão da Copa do Brasil. Veremos.