quarta-feira, 30 de junho de 2010

CINDERELA E SEUS ENCANTOS

Quem não conhece a história de Cinderela? A gata borralheira de trajes velhos, que tocada pelo condão da fada madrinha, se transformou na mais linda princesa do reino.

Aquela linda moça que ao chegar ao baile encantou o príncipe, que logo se apaixonou. Aquela que ao fugir, antes, da ultima badalada do relógio, em cumprimento às ordens da fada perdeu o sapato de cristal, a pista, pela qual foi encontrada, pelo apaixonado príncipe. Sendo felizes para todo o sempre.

Sociólogos, historiadores e literatos vêem na história de Cinderela muito mais do que uma simples trama romântica. Por ter origem atemporal e ter surgido em várias civilizações diferentes, a trajetória da protagonista traduziria uma espécie de arquétipo fundamental, traduzindo o anseio natural da psique humana em ser reconhecida especial e levada a uma existência superior.

Transportando essa história para a Copa da África. La encontrará a nossa Cinderela de Chuteiras: A Espanha, que mesmo sem os trajes paupérrimos traz no seu passado futebolístico, um histórico, que a caracteriza como uma verdadeira Gata Borralheira das Copas.

Copa do Mundo de 1930 - Não se classificou
Copa do Mundo de 1934 - Quartas-de-finais (5º lugar)
Copa do Mundo de 1950 - Quarto lugar
Copa do Mundo de 1954 a 1958 - não se qualificou
Copa do Mundo de 1962 - Primeira fase (12º lugar)
Copa do Mundo de 1966 - Primeira Fase (10º lugar)
Copa do Mundo de 1970 a 1974 - não se qualificou
Copa do Mundo de 1978 - Primeira fase (10º lugar)
Copa do Mundo de 1982 - Segunda fase (12º lugar)
Copa do Mundo de 1986 - Quartas-de-final (7º lugar)
Copa do Mundo de 1990 - Oitavas-de-final (10º lugar)
Copa do Mundo de 1994 - Quartas-de-final (8º lugar)
Copa do Mundo de 1998 - Primeira fase (17º lugar)
Copa do Mundo de 2002 - Quartas-de-final (5º lugar)
Copa do Mundo de 2006 - Oitavas-de-final (9º lugar)

Chega à África para participar da sua 13 a. Copa, como a mais favorita das favoritas, mesmo não tendo a varinha de condão da fada madrinha, esta cheia de apaixonados, pelo seu futebol de toquinhos prá lá, toquinhos pra cá, como numa roda de bobo.

E a nossa Cinderela continua no baile, digo, na copa, o tempo de quebra de seus encantos ainda estão por vir, a última, badalada se aproxima. As chuteiras, digo, os sapatos também vão fazer parte desta história.

Só que diferente da historia original, eles não trarão a ela a felicidade total, e nem mesmo será levada a uma existência superior, o título da Copa de Mandela. O príncipe verá na sola do sapatinho, e descobrirá que esta não é, ainda, uma verdadeira Cinderela, pois lá vai estar escrito: MADE IN PARAGUAY.

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