terça-feira, 14 de dezembro de 2010

É O CAMISA 10 DA SELEÇÃO



Vou começar este texto, já dizendo o seguinte: O único questionamento que faço quanto à possível convocação do habilidoso goleador e emérito assistente, Conca, pelo técnico Mano Menezes, é o fato de ele vestir atualmente tricolor, e não rubro negro. De resto a 10 Amarelinha vai vestir muito bem o “Hermano” e grande jogador.

Agora pessoal responda pra mim, sem revanchismo, sem bairrismo, sem mágoa: QUAL O ESTRANGEIRO, QUE VERDADEIRAMENTE MERECE VESTIR A AMARELINHA, SE NÃO UM ARGENTINO? Eles praticam o segundo melhor futebol do mundo. Além do mais, são nossos eternos rivais. E porque não “apimentar” ainda mais, essa rivalidade naturalizando e convocando um grande jogador deles? Que, aliás, foi pouco valorizado em solo portenho.

Tenho certeza que os contrários a tal idéia vão bater o pé e esbravejar admitindo, que jamais concordarão em ter um estrangeiro em nosso selecionado e principalmente um argentino. O argumento chega a ser medíocre, pois, quantos dos nossos jogadores já defenderam com galhardia outros selecionados? Alguém foi contra?

O grande Altafinni Mazzola que defendeu as nossas cores na copa de 58, e em 1962 as cores italianas. Deco defendeu os nossos patrícios portugueses. E por último o crioulinho bom de bola Cacau honrou a sua pátria defendendo o selecionado alemão. E tudo na maior naturalidade. Por que agora devemos ser contra?

Por ser Conca, um argentino? Pior do que ver a “amarelinha” sendo vestida por um estrangeiro e argentino, é vê-la sendo lançada primeira nos Estados Unidos e depois no Brasil, num processo cruel e vexatório de mercantilização de um dos maiores símbolos de nossa terra.

Ou ainda, vê-la sendo vestida de maneira não patriótica por pseudos-idolos. Ou mais, ver a nossa seleção sendo manipulada por mãos corruptas na caça aos dólares de africanos, árabes, croatas e Cia., sem contar a condição de cabo eleitoral numa tentativa de afirmação na política internacional, naquele jogo do Haiti.

Arte não tem sexo, cor, nacionalidade. A arte é a expressão autentica do talento de um indivíduo. E Conca é muito mais do que só um argentino. Conca é um talentoso com a bola dominada naquela perninha esquerda. Craque não é, pois, lhe falta a perna direita. Mas Conca é um artista da bola.

Conca merece a seleção. A Seleção merece Conca, que com certeza vai saber misturar a sensualidade do tango com a malevolência do samba, sob os gritos de Brasil, Brasil, Brasil. Seja bem-vindo Conca.

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