Alguém seria capaz de pelo ao menos dar uma pista, para que possamos tentar entender o que é que verdadeiramente a CBF quer com esta absurda Unificação de Títulos? Eu até agora não consegui entender.
Por isso mesmo vou ficar com o dizer muito característico do mineiro, quando sente no ar, um cheiro suspeito de falcatrua: "Neste Mato Tem Coelho". Com certeza tem, pois, vindo de onde vem, qualquer coisa é possível.
Pensar que seu Ricardo Teixeira de repente se santificou e saiu por ai fazendo milagres, é pensar no impossível. Mas, pode ter certeza que esta unificação tá mais para "ressuscitação" do que outra coisa. Só não conhecemos e nem sei se conheceremos os verdadeiros motivos.
Como torcedor e até mesmo, como um humilde pesquisador do futebol, ainda não consegui alcançar a mesma visão daqueles que defendem a idéia. Que benefício a unificação de títulos trará para o nosso futebol? Para o futebol, NENHUM. Mas, pode ter certeza, alguém vai ganhar e muito, com essa palhaçada.
Os que defendem a idéia, dizem que o principal motivo da maluquice é o RECONHECIMENTO das glórias do passado. É tão inverídico esse discurso que vou dar a vocês o meu testemunho pessoal do reconhecimento que tive na época como mineiro, da conquista do Cruzeiro em 1966, da Taça Brasil.
O Cruzeiro de 66 era tido como um time doméstico que se impunha nos limites das margens da lagoa da Pampulha. Até então nenhum título em nível de Brasil. De repente vai a final de um torneio nacional tendo pela frente o Santos de Pelé. O que esperar se não um honroso vice campeonato?
Para minha alegria, e de milhões de mineiros, não foi isso que aconteceu, os desconhecidos: Raul, Pedro Paulo, William, Procópio e Neco, Piazza e Dirceu Lopes, Natal, Tostão, Evaldo e Hilton Oliveira, não só ganharam a Taça Brasil, como deram um verdadeiro show no time da majestade. 6 a 2 em Minas e 3 a 2 em São Paulo.
Neste dia passei a ter o sangue azul. Deixei de ser somente mineiro. Passei a ser também Cruzeiro. Prova inconteste do meu reconhecimento a um grande time que nascia naquele dia. Portanto, eu e milhares de cruzeirenses não precisamos desta estapafúrdia unificação, para reconhecermos esse grande título do Cruzeiro Esporte Clube.
Assim como o Bahia, Palmeiras, Santos, Botafogo, Fluminense, que também ganharam títulos antes do advento do Campeonato Brasileiro em 1971, não precisam agora desta unificação fajuta, pois cada um em sua época teve total reconhecimento por parte de seus torcedores, de suas grandes conquistas.
Só Deus sabe o que quer a CBF. Eu continuo convicto que: Neste Mato Tem Coelho, e não é pequeno. Por isso mesmo sou totalmente contra. Unificar para bagunçar é melhor deixar como está.
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